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sexta-feira, 17 de abril de 2015

Escola e Família parceiras no Processo da Aprendizagem

A família e a escola formam uma equipe. É fundamental que ambas sigam os mesmos princípios e critérios, bem como a mesma direção em relação aos objetivos que desejam atingir. Pensando nisso, As professoras do Primeiro Ano e a Orientadora Educacional da Escola Maria Melânia Siqueira mantém um diálogo constante de orientação aos pais sobre o processo de aprendizagem, a função da Família e a função da Escola.

Professora Elena orientando as Mães e Pais com objetivo de que os mesmos possam auxiliar os filhos com as tarefas da Escola em casa.

Apoio Pedagógico

Cada criança apresenta um ritmo único no processo de evolução. Cada pessoa tem uma história particular e única, formada por sua estrutura biológica, psicológica, social e cultural. Esse fato ocorre tanto no ambiente familiar quanto no escolar.  Da mesma forma que uma criança engatinha, fala, anda etc. precocemente ou tardiamente em relação uma das outras, no processo de aprendizagem ocorre o mesmo com o aluno. Partindo desse pressuposto eis uma questão a refletir: Enquanto educador, qual seria o melhor caminho a seguir, para que esteja preparado para respeitar o ritmo da cada aluno e saber lidar com esses diferentes níveis de maturidade e desenvolvimento? Ao se tratar de educação não existe receita pronta. Mas isto não significa que não existem caminhos que possam ser seguidos, de maneira que venha a contribuir para um ensino e aprendizagem de qualidade, onde todos tenham a oportunidade de obter sucesso na escola. Diante disso, a Escola Maria Melânia Siqueira realiza um trabalho diferenciado, proporcionando atendimento pedagógico extraclasse individual ou para duplas e trios de Alunos do Primeiro, Segundo e Terceiro Ano que corresponde a etapa de alfabetização. Esse trabalho é realizado pela Orientadora Educacional da Escola que é Psicopedagoga e portanto utiliza também os conhecimentos da Psicopedagogia. As crianças que necessitam de uma atenção maior para que possam acompanhar melhor os demais Alunos da classe e evoluir de forma significativa em seu processo de aprendizagem, recebem esse atendimento. Atualmente são 27 Alunos que participam do apoio Pedagógico semanal. Desta forma eles conseguem obter mais sucesso em sua vida escolar e quando chegam no Quarto e no Quinto Ano do Ensino Fundamental, a maioria das dificuldades estão superadas.

Poder acompanhar e mediar a aquisição da leitura e escrita com as crianças do Primeiro Ano é gratificante
                          Montando a palavra rinoceronte

Montando a palavra macaco

Processo de Aquisição da Leitura e Escrita

  Emília Ferreiro - Autora Argentina 
Níveis da Escrita


 
Emília Ferreiro, sem dúvida alguma, nos prestou grande contribuição para que pudéssemos compreender como se dá o processo de leitura e escrita para o aprendente. Salvo todas as críticas ao seu trabalho, considero pertinente observar que não percebo essas fases como padrão rígido que se apliquem a todos os indivíduos. No entanto, elas são boas norteadoras do processo que se deseja pôr em prática - por onde vamos começar? - além de servirem como embasamento  de um bom diagnóstico sobre o desenvolvimento do (a) aprendente da leitura e da escrita no momento em que propomos um trabalho com ele (a), também serve para repensar esse trabalho como forma de intervir positivamente para a ampliação do seu aprendizado.

 Em seus artigos e livros (Reflexões sobre a Alfabetização e outros) a autora argentina deixa claro que considera a alfabetização um processo que tem início bem cedo e não termina nunca:

Segundo ela, aquele que aprende geralmente percorre o seguinte caminho até chegar ao nível de aprendizado desejável para ser considerado leitor e escritor.
§  fase pré-silábica
§  fase silábica
§  fase silábica-alfabética
§  fase alfabética
      §  fase alfabética-ortográfica


As características para cada fase acima descrita podem ser resumida da seguinte forma:
1- Fase pré – silábica
- Sabe que a escrita é uma forma de representação;
- Pode usar letras ou pseudoletras, garatujas, números;
- Não compreende que a escrita é a representação da fala;
- Organiza as letras em quantidade ( mínimo e máximo de letras para ler);
- Vai direto para o significado, sem passar para sonora;
- Variação de letras – BLSIK (elefante);
- Relaciona o tamanho da palavra com o tamanho do objeto (Realismo Nominal).



2- Fase silábica
Esta fase desdobra-se em duas:
A) Silábica Sem valor sonoro:
- Ainda não faz relação do som com a grafia da letra que utiliza;
- A escrita ainda não é percebida como representação da fala;
- Usa uma letra para representar cada sílaba, sem se preocupar com o valor sonoro.
Exemplos:
MACACO __ BPS
CAVALO___BUP
B) Silábica Com valor sonoro:
- A escrita começa a representar a fala;
- Percebe a relação de som com a grafia;
- Escreve uma letra para cada sílaba.
Exs.:
PATO___ AO ( valor sonoro só nas vogais )
PATO___ PT ( só usa consoantes )
 
3- Fase silábica-alfabética
- Apresenta escrita algumas vezes com sílabas completas e outras incompletas;
- Alterna escrita  silábica com alfabética.
Exs.:
CAMELO_____CAMU
TOMATE_____TOMT
4-  Fase alfabética
- Faz a correspondência entre fonemas (som) e grafemas (letras);
- Ainda não domina as normas ortográficas da língua;
- Escreve como fala.
Exs.:
CAMELO _______KAMELU
TOMATE_______ TUMATI 

5- Fase Alfabética-ortográfica

- Faz a correspondência entre letras e grafemas da língua;
- Amplia o conhecimento sobre as normas ortográficas;
- Faz a correção do seu próprio texto.

Exs.:
JARDIN _____ JARDIM
CORREO _____ CORREIO
CABESA _____ CABEÇA
ISO ________ ISSO