Nos estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul localizados na Região Centro-Oeste, que se desdobra por 1.612.077,2 km e geograficamente integrada também pelo Estado de Goiás e Brasilia, o Distrito Federal, onde as cores, a fauna e a flora do Pantanal mato-grossense deslumbram por sua infinidade de aves, peixes e répteis, a mesa é farta em pesca. Especialmente o tucunaré, o pintado, o jaú, o dourado e outros peixes de grande porte, que em Cuiabá, capital do Mato Grosso, são transformados no peixe cuiabano.Apesar de a região ser protegida por leis ambientais, estando regulamentado o período permitido à prática da pesca e proibida a caça durante todo o ano, o viajante tem a oportunidade de conhecer alguns pratos à base de caça, elaborados com carne de caitítu, de paca, de veado, de porco do mato, de capivara. Há, ainda, especialidades extremamente regionais, como o jacaré frito. Para quem tiver interesse por aventuras culinárias mais fortes, é possível experimentar carne de cobra, com gosto semelhante ao de peixe. Estados habitados por índios de vários grupos, a farinha, em suas variadas formas, seca ou cozida como pirão, é acompanhamento obrigatório. Região de criação extensiva de gado bovino, o Pantanal oferece também a hipótese de churrascos à gaúcha, servidos no espeto.
Região Nordeste do Brasil
A formação cultural do Nordeste, região com área de 1.561.177,8km2, gerou a mais diversificada culinária do Pais. Marcada, no entanto, por singulares diferenças. São inúmeras as alternativas, a começar pelos pratos vindos da Africa. Iniciando pelos abarás e acarajés, na Bahia. Ante-pastos aos vatapás e às moquecas de peixe, de ostras, de camarões, iguanas douradas pelo azeite de dendê. Há, também, pratos à base de peixes dos mais vários tipos, servidos em formas várias: sopas, escaldados, cozidos. E casquinhas de caranguejo, frigideiras de siri mole e cavaquinhas. Na cozinha nordestina há pratos exóticos, elaborados com carnes de porco, de cabrito, de carneiro. E aves. Prazeres que vão desde as tripas à sergipana até a carne de sol à Natal, passando pelo xinxim de galinha e pela galinha d’Angola de Teresina.No Nordeste, ocorre também a feijoada à alagoana, o cozido à baiana, o mocotó e o bobó de inhame. Sobre a sobremesa, encontram-se: cocadas, sorvetes e refrescos feitos com frutas típicas, como taperebá, manga, araçá, cajú e pitanga, graviola e mangaba.
Região Norte do Brasil
Ao Norte do Brasil, região que se espalha por 3.869.637,99km2, é agreste a culinária. E elaborada à base de peixes, em especial na forma de caldeiradas. Destacando-se, no Estado do Amazonas, o pirarucu e o tucunaré.Testemunho da cultura indígena, os pratos são acompanhados, preferencialmente, por pirão. No Estado do Pará, é obrigatório saborear a pescada paraense, o pato ao tucupl e o tacacã.É possível também saborear jacarés, aves e animais silvestres, com destaque para a carne de paca. Após a refeição principal, que inclui, muitas vezes, carne de tartaruga e frutas típicas. Sorvetes de açaí, cupuaçu, manga, taperebá, uxl, graviola e muruçi, oferecidos também na forma de doces. Uma especialidade pouco conhecida, até mesmo por brasileiro, é o doce de buriti.
Região Sudeste do Brasil
No Rio de Janeiro a feijoada criada, na época colonial, pelos negros.Mergulhada em denso caldo de feijão preto, temperado com alho, folhas de louro e cebola, esconde-se uma fartura de carnes: carne-seca, paio, chouriço, lingüiças variadas, costela, costelinha, toucinho defumado. E, também, partes suculentas de carne bovina, como a alcatra e o peito, acompanhadas de couve desfiada, farofa e laranja picadinha. E, para temperar, um pouco de molho de pimenta. No Rio de Janeiro, como em São Paulo, inúmeros restaurantes oferecem todos os tipos de cozinha.São Paulo é conhecida como a Capital Gastronômica Mundial devido aos seus inumeros restaurantes de comidas internacionais. Exelentes churrascarias e pizzarias completam os paladares mais exigentes mas São Paulo conserva especialidades próprias, com destaque para a galinha d’Angola à paulista, as empadinhas de Cananéia, o cuscuz paulista e a capivara à caipira.Já no Espírito Santo, Estado vizinho que integra a Região Sudeste, entregue-se às tortas capixabas, às moquecas de camarão, de peixe, de siri. Tudo rigorosamente acompanhado de pirão.No Estado de Minas Gerais, que geograficamente integra a Região Sudeste, é fundamental provar três delícias: a galinha ao molho pardo, a leitoa pururuca e o tutu de feijão com torresmo e couve picada. Minas vai além, muito além. Com o feijão tropeiro. o frango com quiabo, o arroz-de-suã e a canjiquinha de milho verde com costela. E nas barrancas do rio São Francisco, também chamado de “Velho Chico”, uma deslumbrante fartura de peixes de pele. Para, depois, virem os doces. Em calda, cristalizados. Tudo acompanhado, à caráter, por um bom bocado de queijo de Minas. Para arrematar, um café mineiro, coado na hora, em coador de pano.
Região Sul do Brasil
Colonizado por europeus, o Sul, com 577.214 km2, oferece prazeres variados. Da carne bovina aos frutos do mar. Em seus três estados - Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul -, há de tudo; para todos os gostos. Churrascos servidos no espeto, pratos à base de frutos do mar, siris, camarões, lagostas, e peixes elaborados ao forno, na brasa, em caldeiradas.Há, ainda, a típica cozinha do interior, com destaque para o mocotó de campo, o arroz-de-carreteiro. a roupa velha e o barreado. Com forte presença italiana, é ampla a oferta de massas. Marcante, também, são os traços da colonização alemã. O que permite ao viajante saborear exelentes embutidos.E, após a refeição principal, doces de ovos, como ambrosias e papos-de-anjo, e de frutas cristalizados e em calda. Apesar de possuir restaurantes que oferecem todas as cozinhas do mundo. No litoral sul saladas guarnecidas por palmitos de uma maciez sem igual, colhidos na Mata Atlântica.
Um comentário:
PARABÉNS!!!!!!!!Muito linda essa turma e eles fazem lindos trabalhos!
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