A alimentação inadequada e o sedentarismo têm levado nossas crianças a sofrerem de problemas relacionados ao peso. Atualmente, no mundo são 43 milhões de crianças obesas ou com sobrepeso e a perspectiva é que, em 2020, esse número pule para 60 milhões. Em consequência disso as crianças estão desenvolvendo doenças que anteriormente eram exclusivas dos adultos, como o aumento do colesterol e do triglicerídeos no sangue, a hipertensão arterial e o diabetes tipo II. Quanto ao aspecto social a criança obesa pode carregar um estigma negativo e talvez sofra de baixa autoestima. O tratamento mais adequado é aquele que integra uma equipe interdisciplinar de profissionais e que se baseia na reeducação alimentar, no incentivo à prática de atividades físicas e no ajuste da dinâmica familiar aos hábitos relacionados à comida e à atividade física. porém, é essencial ressaltar que a melhor medida ainda é a prevenção. A prevenção começa ainda na gravidez, quando a gestante deve seguir uma dieta balanceada. Investir no aleitamento materno também é fundamental. A cada mês que que o bebê mama no peito, as chances de obesidade são reduzidas em 10%. Nos primeiros três anos de vida, é necessário evitar que a criança consuma doces e salgadinhos industrializados pouco saudáveis, ricos em gordura trans e sempre manter uma alimentação equilibrada.
MÁXIMAS PARA EVITAR A OBESIDADE INFANTIL
- Não pule refeições e tenha horário fixo para elas.
- Evite pedir para "limpar o prato" ou falar frases como: "Há crianças passando fome e você deixa comida no prato".
- Controle repetições desnecessárias de comida.
- Não tome líquidos enquanto come.
- Pratique atividades físicas regulares, tanto recreativas quanto esportivas.
Fonte: Revista Crescer Março/2011.
Dra. Cylmara Galcalak Aziz - Pediatra e Gastroenterologista pediátrico.
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